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Em Sintonia com a Vulnerabilidade

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     Aceitar que temos inúmeros defeitos e falhas, não é um dos processos mais gostosos do mundo, mas inevitavelmente, em algum momento de nossas vidas, iremos passar por essa reviravolta, onde encontramos diversas arestas pontiagudas em nossa forma de sermos e pensarmos, que até então não nos machucavam, ou nos tornamos acostumados com elas nos perfurando ou incomodando, só que é insuportável permanecer sendo para sempre, quem você sempre foi, e ai começamos a polir essas arestas pontiagudas em busca de melhorar o que ainda não é bom, em nós.      E não, você não vai ficar perfeito nunca, vamos por esse caminho, logo de início. Você pode melhorar, se autoconhecer, aprender a lidar melhor com as situações, superar diferentes traumas, adquirir novas habilidades, fazer amigos diferentes, apurar seus gostos, aprender a dizer não pro que te faz mal e aceitar o bem que te fazem, sem achar que é um favor ou uma caridade, mas nunca, em hipótese alguma, vai se torn...

Eu sou Ridículo?

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    Em uma conversa recente e digo recente mesmo, me baseando em uma realidade temporal, de algumas horas, estava em um papo, desses que parecem cotidianos e corriqueiros, mas que significam muitas coisas, com um amigo e ele levanta a questão: "Será que eu não sou como essas pessoas que postam coisas que fazem, escrevem ou produzem, achando que estão arrasando e no fim apenas estão apenas passando vergonha, e ninguém diz isso pra elas?". E ai chegamos a dois pontos distintos, pode ser sim, que você é apenas mais um dos "ridículos" e segue um movimento de manada, onde aparecer e alimentar o próprio ego, é mais importante do que ter conteúdos importantes a se discutir, ou você pode ser uma pessoa que permite expressar, o que pensa que deve expressar em uma rede social que você criou para você.          Em ambos os casos, acho que o que mais consta como relevante é o "feedback" que acontece ou não, nessa exposição que você permite a si mesmo, em um l...

Maduro ou Podre?

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    O título extremamente caótico, porque já vim com tudo para uma nova fase de desgraçamentos da cabeça, surtos, contemplações, teorias da conspiração, aliadas a momentos de autoajuda, insights, simpatias de revistinhas e metáforas associadas a objetos, receitas e animais, ou seja, tudo do bom e do melhor que tenho a oferecer. Vamos ao cerne do problema de hoje, você acha que amadureceu? E se sim, de quanto em quanto tempo você amadurece mais? A cada ano? de seis em seis meses? Mensalmente? A cada decepção amorosa? Ou só depois de fazer a nova tatuagem que você decidiu em 24 horas qual seria?  Conforme a idade avança, você amadurece mais devagar ou mais rápido?      Muitas coisas não é não? Mas eu nunca jogo perguntas sem ao menos dar uma leve ideias das respostas das quais consegui em meio a momentos de reflexão, ou em rodas de conversa com pessoas tão exauridas de pensar quanto eu ou até mais. Hoje! eu acredito que vamos amadurecendo seguindo o ciclo com...

O que vem depois?

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     O fim sempre foi um tema recorrente na minha vida, não consigo lembrar de um momento onde eu não entendesse do que a palavra fim se tratava, o término da aula, a última cena de um filme, o episódio final de um seriado, o último bombom de uma caixa, o fim de tarde onde os raios solares já se esvaiam, tudo isso sempre foi assimilado como um fim e sempre com facilidade, pois é isso que entendo sobre a vida, que ela é feita de inícios, meios e fins, praticamente em tudo e para tudo. O fim nunca me assustou, eu sempre o achei libertador, quando algo acaba, outra coisa pode começar, outra oportunidade pode surgir, o que vem depois do fim, me conforta.     O que me incomoda hoje é como eu construí essa ideia de fim, sem ao menos ter de me preocupar em pensar muito sobre isso, quando eu existi, tudo isso já estava apresentado para mim, os dias já tinham ciclos de 24 horas, os objetos tinham um número limitado de usos, os horários de início e fim da...

Eu não mando mensagem

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   Não é de hoje, que vez ou outra aparece alguém dizendo que eu sumi, que não dou sinal de vida, que falo pouco sobre mim ou que esqueci dele ou dela. Confesso que pra mim esse tipo de situação ou cobrança é um tanto cômica, mas nem pense que estou julgando ou diminuindo a reciprocidade afetiva, baseada em frequência de mensagens ou contatos. Eu vou explicar como funciona pra mim e como eu fico muito confortável e preguiçoso vivendo assim.  Confortável, porque eu realmente não me preocupo em dar continuidade em conversas virtuais ou sinto alguma necessidade de as responder rápido ou de imediato, os aplicativos estão ali para serem usados e não para me fazer escravo de suas notificações, tirando algo que envolva minha responsabilidade profissional, tudo e todos, podem esperar. Nessa dinâmica, acho que dá pra notar que praticamente não se cria ansiedade nenhuma, bom ao menos não em mim, triste do interlocutor do outro lado, se ele tem pressa, mas muito feliz pa...

Antes de tudo...

  Antes de tudo eu amaria que você desconsiderasse os rótulos que tem sobre mim antes de ler esse texto, eu sou o Lucas, sempre fui desde que me lembro, vezes mais intenso, vezes mais apagado, mas sempre fui eu, impossível não ser. Mas como definir que sou alguém sem ter rótulos? Ou ainda teria que renegar as teorias que já existem antes de mim, que dizem que somos algo, por conta do que fazemos ou do modo que nos comportamos. Difícil.   Antes de tudo eu quero que você, esqueça que sou psicólogo, que somos amigos, que já fomos amantes, ou que já trabalhamos juntos, que estivemos no mesmo curso ou na mesma balada. Onde você me definiu pela primeira vez? Onde me olhou e disse: Então esse é o Lucas! Você pode ter me encontrado pelas ruas, na universidade, nos diferentes trabalhos que já tive, nas redes sociais, nos pubs ou no mundo. Mas será que você me encontrou de verdade ou foi só o suficiente para que você criasse uma ideia de quem eu era?   Antes de tudo, par...

Quem é você?

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  Em algum momento de nossas vidas vamos nos deparar com questões existenciais que vão de encontro a uma análise de quem somos, como é nossa personalidade ou do que gostamos. Pode ser naquele encontro no bar, quando te pedem sutilmente que lhe contem mais sobre você, aquela descrição breve que os aplicativos (Oi Tinder!) pedem, que parecem que nunca vamos acertar e sempre vai soar esquisito nos limitarmos a algumas frases prontas e nossos gostos, ou ainda aquela dinâmica na entrevista de emprego que pede que você diga seus pontos positivos e negativos (Se você disser que para ambos, é ser perfeccionista, já perdeu a vaga, OK?). Enfim, a gente tenta responder esses questionamentos e acaba com uma enorme dúvida: Quem sou eu?   É complicado parar agora e pensar em quem somos , mas o mais estranho é como chegamos até aqui sem fazer essa pergunta antes. Porque esperamos por certos momentos-chave pra finalmente pensarmos em quem somos? Porque a gente não sabe responder co...