Eu sou Ridículo?

    Em uma conversa recente e digo recente mesmo, me baseando em uma realidade temporal, de algumas horas, estava em um papo, desses que parecem cotidianos e corriqueiros, mas que significam muitas coisas, com um amigo e ele levanta a questão: "Será que eu não sou como essas pessoas que postam coisas que fazem, escrevem ou produzem, achando que estão arrasando e no fim apenas estão apenas passando vergonha, e ninguém diz isso pra elas?". E ai chegamos a dois pontos distintos, pode ser sim, que você é apenas mais um dos "ridículos" e segue um movimento de manada, onde aparecer e alimentar o próprio ego, é mais importante do que ter conteúdos importantes a se discutir, ou você pode ser uma pessoa que permite expressar, o que pensa que deve expressar em uma rede social que você criou para você.
   
    Em ambos os casos, acho que o que mais consta como relevante é o "feedback" que acontece ou não, nessa exposição que você permite a si mesmo, em um lado temos alguém que por algum motivo, seja um sonho midiático, uma busca por likes, uma vontade de pertencer a um grupo, posta algo que acredita ser condizente com uma mensagem que quer passar, e no outro temos alguém que está buscando conteúdos para consumir, e mesmo que ele encontre algo ridículo, acaba dando uma ou outra visualização para um conteúdo que não lhe agrade tanto, ou no melhor dos casos, curte, comenta, salva ou repassa, as postagens que outra pessoa criou, criando assim um engajamento virtual. Então no que a gente deve se prender? Na nossa capacidade de criar conteúdo ou na crítica que pode ser positiva ou negativa, destrutiva ou criativa? No fim tudo é muito ambíguo.


    Mas aonde chegamos no fim desse papo? Então a conclusão, meio que incerta, é que o ridículo é permitido, se não te fizer mal ser visto dessa maneira. Porque sabemos que os outros podem achar o que eles quiserem e isso você não pode mudar, o seu alcance na mudança, está em como você se sente sabendo da possibilidade do outro te achar esquisito. É impossível chegar em um lugar onde você consiga agradar os olhos, ouvidos e paladares de todos. 

    E vamos mais longe, porque se a perfeição é algo inalcançável e o ridículo não é permitido, o que sobra? Você deve ficar em inércia? Em órbita no universo, esperando que algo aconteça? Ou ao menos tentar atingir algo para si e se calhar de alguém segurar sua mão no processo, vai ser ótimo, mas se não, ao menos você está tentando dar sentido a sua existência. Então fica aqui meu ode e minha permissão particular ao ridículo, que se não constrói e engaja, ao menos arranca boas risadas e porra quem não gosta de rir?

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