Quem é você?

  Em algum momento de nossas vidas vamos nos deparar com questões existenciais que vão de encontro a uma análise de quem somos, como é nossa personalidade ou do que gostamos. Pode ser naquele encontro no bar, quando te pedem sutilmente que lhe contem mais sobre você, aquela descrição breve que os aplicativos (Oi Tinder!) pedem, que parecem que nunca vamos acertar e sempre vai soar esquisito nos limitarmos a algumas frases prontas e nossos gostos, ou ainda aquela dinâmica na entrevista de emprego que pede que você diga seus pontos positivos e negativos (Se você disser que para ambos, é ser perfeccionista, já perdeu a vaga, OK?). Enfim, a gente tenta responder esses questionamentos e acaba com uma enorme dúvida: Quem sou eu?



  É complicado parar agora e pensar em quem somos, mas o mais estranho é como chegamos até aqui sem fazer essa pergunta antes. Porque esperamos por certos momentos-chave pra finalmente pensarmos em quem somos? Porque a gente não sabe responder com maestria, se nos conhecemos desde que nos reconhecemos? O mais interessante aqui é saber porque nunca priorizamos nos conhecermos, mas sempre estamos buscando conhecer e saber dos outros. Onde e quando foi que o outro começou a vir antes de você?

  Eu tenho uma breve ideia da causa desse desligamento de conhecermos quem somos, nos primeiros momentos da infância aprendemos a nos reconhecermos como uma parte do mundo, um indivíduo além da nossa matriz matriarcal, logo mais, na adolescência nossos gostos afloram e queremos mostrar eles por meio de estilos, dialetos e comportamentos, afirmando mais uma vez quem somos, nos afirmamos duas vezes. E óbvio que a natureza humana de achar sua superioridade no pouco, nos faz acreditarmos que seja suficiente, isso aliado a nossa curiosidade enorme que se volta pros outros quando nos encontramos em meio aos ciclos e redes sociais da vida adulta, nos faz esquecermos de olharmos pra nós mesmos, pois estamos muito ocupados sendo só o que já afirmamos e vendo só o que nos mostram.

  O exercício que todos deveríamos fazer é de procurar quem realmente somos, parar alguns momentos, nos desligarmos do que nos mostram e nos desafirmamos para depois reafirmamos as mudanças que somos e temos. No que realmente acreditamos? Em quem nos inspiramos? Pra onde desejamos ir? Do que gostamos com afinco? Quais coisas nos fazem bem? Que males eu aceito e evito? Eu estou me melhorando? Onde eu erro? Quando eu devia ter mudado? O que me faz fazer o que faço? Crie suas próprias questões, seja a pessoa que questiona "quem é você", pois assim você vai se conhecer antes de qualquer pergunta dos outros e saber que mudou toda vida, você era uma pessoa hoje ao acordar e tomar seu café, e agora após ler esse texto é outra. Seja sempre questionador sobre si, porque é indispensável conhecer todas as suas mudanças, as quais, você admitindo ou não, vão acontecer.

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