Só...
De tempos em tempos eu sinto uma necessidade absurda de ficar
sozinho, sabe, é um daqueles momentos em que quanto menos contato social
melhor, cobertas, livros, séries, hobbies no geral, viram meus melhores
companheiros e a presença de outra pessoa, acredito eu, estragaria o clima que
eu mesmo crio para esse ritual de "insight", gosto de estar comigo
mesmo e só isso me basta, claro que não sou o tempo todo assim, mas grande
parte dos meus momentos preferidos eu vivi sozinho e bem felizinho.
Hoje eu escrevo pra retaliar essa mania que as pessoas tem de
demonizar a solidão, sair com os amigos, namorar, casar até certa idade, festas
e afins, viram uma tal obrigação social que chega a ser problemático pro nosso
psicológico, nesse contexto, pra "ser feliz" você precisa estar acompanhado e ponto,
mas eu acredito fortemente que os momentos sozinhos são os que fortalecem a
nossa essência, quando você pode pensar por si só, sem influências, você fala
com a pureza de sua existência e decide pelo que realmente gosta de fazer quando
está acompanhado da pessoa mais importante da sua vida, você!
Óbvio que o convívio social é importantíssimo, nunca vou negar
isso, até porque é no meio de pessoas diferentes de você que o crescimento
acontece, aprendem-se novas maneiras de fazer velhas coisas, jeitos
alternativos de pensar sobre as situações, grandes momentos, daqueles onde o
maxilar dói de tantas risadas ou ainda despedidas de ensopar as roupas de
lágrimas, ter pessoas por perto é ter diferentes ligações com o mundo e até com você mesmo.
Mas voltando ao raciocínio inicial, acredito que diferente da ideia
social de que quem está sozinho sempre está em "maus lençóis", o
termo real aqui, é o de que quem está sozinho não está em lençol algum, está
despido e livre, pronto para atender suas próprias vontades e desejos da maneira
mais nua e realista possível. "Quando estou comigo, nunca estou
sozinho".
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